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Wagner chama de bandido o ex-companheiro de aventura
• Por Redação do JORNAL DA MÍDIA
Segunda-feira, 06/02/2012
O governador Jaques Wagner (PT) declarou à imprensa que os métodos usados por uma parte dos grevistas da Polícia Militar da Bahia, liderada pelo ex-soldado Marco Prisco, são "coisa de bandido".
Qual é a moral que tem o governador Jaques Wagner para chamar seu ex-companheiro de luta Marco Prisco de bandido? Ao chamá-lo de bandido, Wagner está se igualando a ele, pois em 2001 juntou-se a Prisco naquela aventura que implantou o terror em todo o Estado durante o governo César Borges (PFL).
Na época, Prisco lutava por melhorias salariais para a PM enquanto o atual governador e seus companheiros do PT estavam de olho na campanha eleitoral, cobiçando o comando do governo estadual.
Do ponto de vista da estratégia de luta, Prisco até que poderia alegar legitimidade por comandar a greve. Mas e o governador Jaques Wagner e seus companheros do PT, que deram apoio financeiro e logístico para aquela onda de violência, saques e arrastões apenas por interesse político?
Na busca pelo poder, o PT bancou a onda de pânico e terrorismo que pôs a Bahia de joelho em 2001.
Além de Wagner, Prisco deu o nome dos principais apoiadores do movimento: Nelson Pellegrino (PT), Moema Gramacho (PT), Lídice da Mata (PSB), Alice Portugal (PCdoB), Daniel Almeida (PCdoB) e Eliel Santana (PSC).
O então presidenciável Luiz Inácio Lula da Silva também se intrometeu no episódio e declarou apoio à greve. Chegou a atribuir ao então governador César Borges a violência, saques e arrastões que assolavam a Bahia.
O líder da greve de 2001 foi muito claro e disse que o Sindicato dos Químicos e Petroleiros da Bahia alugou e cedeu, na época, seis carros para garantir o movimento que espalhou o terror na Bahia.
Declarou que o PT chegou, inclusive, a garantir sua fuga da Bahia, onde estava ameaçado de prisão pelo então governador carlista Cesar Borges. "O motorista que me levou para Brasília era um funcionário do sindicato, Nelson Souto", disse.
Mais tarde, durante a campanha eleitoral, Prisco e Wagner estavam no mesmo palanque.
O atual governador chegou a apresentar o contracheque do ex-soldado como exemplo de como os PMs ganhavam mal.
Na ocasião, o PT prometeu mundos e fundos aos PMs e aos líderes do movimento caso viesse a ocupar o governo do Estado, como veio a acontecer.
Depois que venceram as eleições, Wagner e o PT esqueceram as promessas e terminaram por acender de novo o estopim da luta por melhorias salariais, que explodiu agora com o movimento em curso.
A greve deste ano repete a mesma estratégia de 2001. O terror tomou conta de Salvador e do interior do Estado com a mesma tecnologia bancada pelo PT há quase 11 anos atrás.
Wagner e o PT estão bebendo seu próprio veneno.
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