terça-feira, fevereiro 19, 2013

Revista Veja - Carta ao Leitor


Revista Veja - 18/02/2013

Carta ao Leitor


A indecente intromissão dos comunistas cubanos na vida política da vizinha Venezuela atingiu o estágio de matriz e colônia. Apesar da enorme e indevida reverência que alguns petistas nutrem pela entrevada ditadura dos irmãos Castro,Brasília vinha se mantendo fora da área de ação dos cubanos. O Brasil não podia ser descrito como um país-satélite de Havana, a despeito de alguns episódios degradantes ocorridos durante o governo Lula — o mais condenável deles foi a prisão dos lutadores de boxe cubanos em busca de asilo no Brasil, que, em total desrespeito aos direitos humanos, foram entregues à soldadesca política da dinastia Castro. Uma reportagem desta edição mostra que o campo de força contra a perniciosa influência cubana no Brasil é cheio de furos.
Os repórteres de VEJA descobriram que alguns integrantes do PT e gente poderosa do Palácio do Planalto entraram em conluio com Havana para tentar desqualificar a blogueira cubana dissidente Yoani Sánchez, que, depois de intensa pressão internacional, recebeu permissão do governo para deixar a ilha e visitar o Brasil. Yoani é uma lutadora solitária contra a ditadura dos irmãos Castro. Ela envia suas mensagens e pedidos de socorro por meio de um blog, que durante muito tempo só ficou no ar graças ao trabalho de voluntários no exterior. A vinda dela ao Brasil é motivo de orgulho para todos os brasileiros — com exceção, é certo, de alguns altos funcionários do Planalto.
A reportagem de VEJA revela que, falando em nome do governo, esses serviçais
foram convocados à Embaixada de Cuba em Brasília, onde receberam cópias de um dossiê em que, tolamente, registre-se. Yoani é acusada de ir à praia em Cuba, tomar cerveja e aceitar dinheiro associado a alguns de seus cobiçados prêmios internacionais — entre eles o Ortega y Gasset, da Espanha, e o Príncipe Claus, da Holanda —, concedidos a destacados defensores da liberdade de expressão.
Seria só mais um servicinho sujo prestado a Havana, não fosse o fato, este sim estarrecedor, de os funcionários brasileiros terem se mostrado solícitos e coniventes inclusive com a rede de espionagem cubana armada em território brasileiro para bisbilhotar os encontros de Yoani no país.
É preciso que alguém com juízo no governo enquadre urgentemente os cubanófilos militantes e os informe de que o Brasil não é, ainda, quintal de Havana.
Comentário: 
- No dia 6 de fevereiro, o embaixador de Cuba no Brasil, Carlos Zamora Rodríguez, reuniu um grupo de militantes do PT e do PC do B na embaixada do seu país, em Brasília, para passar um dossiê — e como os petistas gostam disso, não é? — desqualificando Yoani Sánches, acusada de ser “uma mercenária, financiada pelo governo dos Estados Unidos para trabalhar contra a Revolução Cubana, contra o povo, contra os trabalhadores”. Cada um dos convidados recebeu um disquete contendo o material e uma recomendação: o dossiê tinha de circular na Internet, mas sem divulgar a origem das informações.
- Diversos sites pró-Cuba, jornais/jornalistas cooptados, petralhas, vermelhos e simpatizantes do Barbudo estão agora difundindo essas mentiras e ataques contra Yoani, seguindo as ordens do “partido”; são antidemocráticos e traidores da liberdade de expressão. Porque não vão viver no “paraíso” cubano?
- Se havia alguma dúvida quanto à consistência da denúncia de VEJA, o bando de vagabundos presentes à recepção a Yoani no Recife, em Salvador e Feira de Santana ─ mix de estudantes profissionais, funcionários públicos petistas disfuncionais e desocupados ocupacionais, quase todos analfabetos manobráveis e incapazes de localizar Cuba num mapa-múndi ─ tratou de legitimá-la, da maneira mais grotesca possível. Merecem um idílio em Havana, com os bolsos forrados dos dólares de fancaria que pretenderam atirar na blogueira. E sem visto de saída.

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