quinta-feira, julho 04, 2013

Militares se recusam a controlar a baderna


 O modelo Barack Obama, de espionagem para Segurança Nacional, está fazendo escola no Brasil de Tolos. 

O Governo colocou em operação seu sistema atualizado do “Guardião” para monitorar toda a organização das manifestações de rua do “Inverno Brasileiro”. 

Duas máquinas de última geração, que cruzam informações de dados e voz, foram instaladas no terceiro andar do prédio da Abin, em Brasília, e outro no subsolo da Superintendência Federal em São Paulo.

Curioso é que, além dos organizadores dos atos, entram na monitoração aqueles 
considerados “inimigos” do governo. Os sistemas rastreiam telefones fixos, celulares, tráfego de e-mails, manifestações no Facebook e no twitter – principais redes sociais usadas para ataques contra o governo. Importante frisar que os poucos nos três poderes se salvam do rastreamento. 

Os mais protegidos, por enquanto, são os “funcionários” do Palácio do Planalto que acabam de ganhar um sistema de comunicação de dados e voz em 4G – em teste no Brasil e para uso exclusivo deles, para maior segurança nas comunicações.

Enquanto isso, duas informações deixam a petralhada com a pulga picando a orelha – que ficou mais vermelha e inchada com os recados de insatisfação dados pelas megapasseatas. A primeira é que os investidores internacionais das Organizações Globo recomendaram à Família Marinho que dê total cobertura e repercussão aos protestos. A segunda é que o Exército já avisou ao Palácio do Planalto não aceita ser usado na repressão ao movimento de massas, quando os atos descambam para vandalismo.

No teatro de operação da mídia, os acionistas estrangeiros da Globopar, holding 
que controla as Organizações Globo, aproveitaram o “Inverno Brasileiro” para fazer cobranças. Aconselharam Roberto Irineu e João Roberto Marinho a darem ampla divulgação aos protestos, sem censura e sem poupar o governo Dilma Rousseff, apesar dos interesses internos do grupo Globo.
Também foi feita uma recomendação para que a Rede Globo aproveite o momento para alterar sua grade de programação no final de noite, abrindo mais espaço para jornalismo, a fim de conter quedas persistentes de audiência. 

Os “conselhos” começam a ser cumpridos pela direção da velha vênus platinada.

No teatro de operação militar, um sinal de crise foi aprofundado. A evidência 
disso é que o Gabinete de Segurança Institucional, de forma incompreensível e ilógica, foi alijado das discussões do “gabinete de crise” montado pela chefona-em-comando das Forças Armadas, Dilma Rousseff, para tratar das manifestações contra o governo. 

O General de Exército José Elito, do GSI, ficou de fora das reuniões que Dilma comandou sobre o explosivo assunto. 

De uma delas, participaram até o ex-Presidente Lula da Silva, o marketeiro João Santana e Renan Calheiros (presidente do Senado), além dos ministros mais chegados.

Pouco importa entender se o General Elito ficou de fora porque preferiu, não teve 
condições de comparecer, ou porque Dilma não quis ele na delicadíssima conversa com alto comando petista. 

O fato importante foi o recado dado pelo General Elito, na hora em que se cogitou o emprego das Forças Armadas na repressão a vândalos politicamente orientados a colocar fogo no prédio da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro. Elito deixou claro que o Exército não seria empregado, alegando que os militares já estavam cansados de serem classificados pelos petistas de ditadores e torturadores, e sempre serem convocados nos momentos em que as coisas saem do controle. 

O gesto de Elito – que o desgastou ainda mais com a cúpula petista e a Presidenta 
Dilma – foi mais um recado direto da área militar contra o chamado “revanchismo petista”. Antes das passeatas aterrorizarem a petralhada, os militares já tinham avisado ao governo que não toleravam mais a aberta campanha de desgaste de imagem das forças armadas promovida pelos membros mais radicais da Comissão da Verdade – com a anuência e apoio de Dilma Rousseff. 

Diante da pressão militar nos bastidores, a Comissão teve de dar uma recuada, o que já gerou o pedido de saída de pelo menos dois membros.

Sobre as manifestações populares, os militares adoram a postura da “observação”. 

Alguns comandantes de área, generais de quatro estrelas da ativa, já chegaram a empregar a expressão “preocupação com os graves acontecimentos”. 

Mas a posição mais comum entre os comandados do General Enzo Peri é a de que o Exército não vai interferir, ao mesmo tempo em que não vai aceitar provocações dos setores mais radicalóides.

A inteligência militar, inclusive, manda outro recadinho ao governo, através de um General que não teve pudores de tratar do delicado assunto em ambientes abertos, fora dos quartéis. Os militares já teriam avisado ao governo 
que já sabem que as ações de violência e vandalismo das passeatas, no Rio de Janeiro, foram causadas por elementos à serviço da facção criminosa Comando Vermelho. 

Ainda na versão da caserna, o CV estaria agindo instrumentalizado politicamente, na tentativa de desmoralizar o movimento e forçar a entrada em cena das forças armadas. Por quem os bandidos seriam guiados politicamente os generais preferem deixar nas entrelinhas, para livre interpretação.

Nenhum comentário:

Postar um comentário