terça-feira, fevereiro 18, 2014

No meio do redemoinho


   Míriam Leitão, O Globo

Tempestade perfeita é uma expressão meteorológica que a economia tomou emprestada para definir uma coincidência de eventos que formam uma crise. O Brasil está assim na área de combustíveis.
O consumo foi incentivado pelo subsídio ao automóvel e à gasolina,
a importação cresceu, gerou um déficit, o dólar subiu,
a Petrobras pede aumento, mas a inflação está alta.
Tudo o que podia ser feito de errado foi feito, e tudo o que podia dar errado deu. E os problemas se juntaram em um nó cego.
. . . . . . .
Em resumo: o governo conseguiu até agora:

 - subsidiar o uso de um combustível fóssil importado;
- desorganizar a produção local da alternativa menos poluente- álcool de cana;
-  importar álcool de milho;
- aumentar a dependência do petróleo externo depois de proclamar
   a autossuficiência;
- abrir mão de um imposto que financiaria obras de
   Infra estrutura de transportes - CIDE;
- causar perdas à Petrobras;
- abrir um rombo na balança comercial,
- alimentar a desconfiança das empresas sobre o
   intervencionismo do governo na economia;
- piorar o trânsito nas cidades; e,
- deixar todo mundo insatisfeito.

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