O grupo JBS/Friboi apelou de vez por toda. O grupo, através da sua agência W/McCann, contratou o cantor Roberto Carlos, por cachê não revelados e os atores globais Fátima Bernardes, Tony Ramos e Ana Maria Braga, respectivamente por R$ 5 milhões, R$ 3 milhões e R$ 1 milhão, mensais, para fazer propagando dos produtos do grupo Friboi. É o começo do fim do JBS/Friboi. As ações da JBS vem caindo na Bovespa.
Só para lembrar, o grupo JBS/Friboi deve ao BNDES e bancos privados, R$ 30 bilhões, conforme demonstra o balancete de junho de 2013. O patrimônio líquido da empresa JBS/Friboi, descontado os ativos intangíveis, é de R$ 8 bilhões. O endividamento está totalmente fora dos padrões normais de uma empresa com boa governança corporativa. Tal qual tinha acontecido com a OGX do empresário estelionatário Eike Batista. O Friboi é dos outros Batistas.
O que fica evidenciado é de que a empresa JBS/Friboi tem seu índice de alavancagem em relação ao patrimônio líquido fora dos padrões de grandes corporações com ações na Bolsa de Valores. Além de tudo, o endividamento junto ao BNDES, dentro do programa PIS, com juros subsidiados, está concentrado demais para um grupo empresarial só, no caso JBS/Friboi. O grupo JBS/Friboi tem sozinho, cerca de 5% do valor total de recursos do programa PIS - Programa de Investimentos Sustentáveis. Este programa, eu o denomino de Bolsa Empresário, porqueo Tesouro toma no mercado dinheiro pagando taxa Selic (hoje, 10,75%) e empresta aos empresários à uma taxa média de 3,5% ao ano. O Tesouro e ou BNDES paga a diferença de juros de empréstimos concedidos aos empresários bolsistas.
Além do setor de carnes, o grupo dos Joesley Batista e Wesley Batistas, está pedindo recursos de R$ 2,8 bilhões aos fundos de pensão Previ, Petros e Funcefpara dobrar o tamanho da Eldorado, indústria de celulose controlada pela família Batista. Além dos recursos dos fundos de pensão, a Folha, noticiou queos Batistas tem pretensão de emprestar R$ 4,8 bilhões do BNDES e do fundo de desenvolvimento regional do Centro Oeste.
Como foi dito por mim, numa das matérias anteriores ao grupo JBS/Friboi, o envolvimento do grupo dos irmãos Batistas com os poderes da República, está mais do que evidente. O "modus operandi", tanto no aspecto empresarial como na vida particular dos irmãos Batistas se assemelha muito com outro Batista, o empresário estelionatário Eike Batista que levou a empresa OGX a situação de recuperação judicial, a falência.
Não há como negar que o grupo JBS/Friboi é favorecido aos financiamentos subsidiado do BNDES, com interferência direta dos poderes da República de antes, o Lula e da atual, Dilma. Muitos que são favoráveis à administração Lula & Dilma, dizem que tomar dinheiro emprestado do BNDES é uma operação normal. Normal seria, se não houvesse concentração de recursos emprestados a um grupo empresarial e também é anormal a relação endividamento/ patrimônio líquido. Experimento, você pequeno empresário pedir emprestado não o R$ 4,8 bilhões, mas apenas R$ 4,8 milhões. Com certeza, encontrará muita dificuldade, se conseguir.
Ao que parece, o JBS/Friboi dá a última cartada para tentar recuperar a credibilidade. Vão lançar o Júnior, o irmão mais velho dos Batistas ao governo de Goiás, bem como, obviamente financiar a campanha da Dilma Rousseff para presidência da República. Para alcançar o objetivo, vão contar com a credibilidade do Roberto Carlos para vender coxão mole como picanha. Além de contar com o concurso dos atores globais Fátima Bernardes, Tony Ramos e Ana Maria Braga para ajudar eleger Dilma Rousseff.
A coisa deve estar mesmo como na hora da morte para o grupo JBS/Friboi. Ter que vender os seus produtos contando com os prestígios do cantor como Roberto Carlos, além dos atores globais nominados, é porque tenta esconder o maior escândalo de lavagem de dinheiro da América Latina, segundo Tuma Júnior. Com certeza os artistas nominados, moralmente, terão que alavancar a candidatura do Júnior para governo de Goiás e ajudar na reeleição da Dilma.
Está na hora do povo acordar com o Friboi!
Ossami Sakamori
@SakaSakamori
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