segunda-feira, novembro 30, 2015

GASTOS DO CARTÃO CORPORATIVO DE ROSE ENFIM SERÃO REVELADOS.


Carlos Newton

Está chegando ao final um dos maiores mistérios da República. 

Os autos do Mandado de Segurança 20895, impetrado pelo repórter Thiago Herdy e
por O Globo já estão conclusos desde 27 de março, na mesa do ministro Napoleão Nunes Maia Filho, do Superior Tribunal de Justiça, para que mande cumprir o acórdão da 1ª Seção da corte, que autorizou o acesso aos dados do cartão corporativo do governo federal usado pela ex-chefe da representação da Presidência da República São Paulo, Rosemary Nóvoa de Noronha.



O tribunal acolheu pedido feito pela rede de jornais Infoglobo e pelo jornalista Thiago Herdy Lana para terem acesso aos gastos, com as discriminações de tipo, data, valor das transações e CNPJ/razão 
social.



TÓRRIDA PAIXÃO


Como se sabe, desde a década de 1990, quando se conheceram no Sindicato dos Bancários de São Paulo, numa reunião conduzida pelo dirigente sindical João Vaccari Neto, Rosemary era concubina do então líder sindical Luiz Inácio Lula da Silva.

Em 2003, ao assumir o poder, Lula trouxe a companheira para perto de si, nomeando-a para o importante cargo de chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo. E o romance prosseguiu, com o presidente usufruindo da companhia de Rose em 32 viagens internacionais que tiveram a ausência da primeira-dama.


Tudo continua bem, até que novembro de 2012, já no governo Dilma Rousseff, Rose acabou envolvida na Operação Porto Seguro, da Polícia Federal, que investigou venda de pareceres técnicos para liberação de obras favorecendo empresas privadas, foi imediatamente demitida e está respondendo a processo.



DILMA USOU ROSE


Desde 2013, já rolava na Justiça o mandado de segurança apresentado pelo repórter Thiago Herdy e pelo O Globo para quebrar o sigilo dos 
gastos do cartão de Rose, sob argumento de que o acesso a documentos 



administrativos tem status de direito fundamental, consagrado na 
Constituição Federal e em legislação infraconstitucional.

Em 2014, quando cresceu no PT o movimento “Volta, Lula”, para que o 
ex-presidente Lula fosse candidato, Dilma Rousseff resistiu e não quis 



abrir mão da candidatura. Lula insistiu e ela então lançou sobre a 
mesa a cartada decisiva, ameaçando divulgar os absurdos gastos de Rose 
no cartão corporativo da Presidência, que se tornariam um escândalo 
capaz de destruir a campanha eleitoral do PT, Lula foi obrigado a recuar.
DIREITO LÍQUIDO E CERTO


Para o relator do caso no STJ, ministro Napoleão Nunes Maia Filho, a  recusa de fornecer os documentos e as informações a respeito dos gastos efetuados com o cartão corporativo, com o detalhamento solicitado, constitui violação ilegal do direito líquido e certo da empresa e do jornalista de terem acesso à informação de interesse

coletivo, assegurado pela Constituição e regulamentado pela Lei
12.527/11  (Lei de Acesso à Informação).

“Inexiste justificativa para manter em sigilo as informações
solicitadas, pois não se evidencia que a publicidade de tais questões 



atente contra a segurança do presidente e vice-presidente da República 
ou de suas famílias, e nem isso ficou evidenciado nas informações da 
Secretaria de Comunicação”, afirmou em seu parecer.

“A divulgação dessas informações seguramente contribui para evitar 
episódios lesivos e prejudicantes; também nessa matéria tem aplicação 

a parêmia consagrada pela secular sabedoria do povo, segundo a qual é 


melhor prevenir do que remediar”, concluiu o ministro, que vai mandar 
cumprir a sentença do STJ.



O PT VAI ÀS COMPRAS
Segundo o jornalista Cláudio Humberto, do site Diário do Poder, nos governos petistas de Lula e Dilma, de 2003 a 2015, os gastos com cartões corporativos já somaram R$ 615 milhões, o que significa mais de R$ 51 milhões por ano, enquanto em 2002, último ano do governo FHC, a conta dos cartões foi de R$ 3 milhões.


Cerca de 95% dessas despesas são “secretas”, por decisão do então presidente Lula, que alegou “segurança do Estado”, após o escândalo de ministros usando essa forma de pagamento em gastos extravagantes, como pagar tapiocas, resorts de luxo, jantares, cabelereira, aluguel de carro, etc.

Humberto diz que a anarquia chegou ao ponto de um alto funcionário do 

Ministério das Comunicações quitar duas mesas de sinuca usando o cartão, enquanto em São Bernardo, seguranças da família do então presidente Lula pagavam equipamentos de musculação com cartão corporativo e compraram R$ 55 mil em material de construção para a filha dele, Lurian.






Quando o sigilo for quebrado, esta nação vai estremecer. 

Será divertido, podem esperar.

OS AUTOS FORAM CONCLUÍDOS DESDE MARÇO!

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