domingo, junho 12, 2016

Ex-ministros de Dilma e ex-presidentes da Petrobras e Correios vão receber salário por 6 meses

Entre eles está Jaques Wagner, Aldo Rebelo e Miguel Rossetto; presidente de comissão alega que medida visa evitar que as autoridades usem informações privilegiadas para obter vantagens na iniciativa privada

A Comissão de Ética Pública da Presidência da República determinou nesta terça-feira que mais quatro ex-ministros do governo Dilma Rousseff permaneçam em quarentena pelo prazo legal de seis meses - período em que continuarão a receber a remuneração integral, mesmo sem vínculos com o governo federal. Entre eles estão Aldo Rebelo (PCdoB), ex-titular da Defesa; Jaques Wagner (PT), ex-Casa Civil e ex-chefe de gabinete de Dilma; Miguel Rossetto (PT), ex-Trabalho; e Valdir Simão, ex-Planejamento.

A comissão já havia determinado a quarentena e garantido salário a José Eduardo Cardozo (PT), ex-Justiça e ex-AGU; Tereza Campello (PT), ex-Desenvolvimento Social; Aloizio Mercadante (PT), ex-Educação; e Luiz Navarro, ex-Controladoria-Geral da União. O salário de um ministro hoje é de 30.934,7 reais.

O presidente da comissão, Mauro de Azevedo Menezes, afirmou que a decisão é uma restrição para "evitar que as autoridades se valham das informações privilegiadas e dos relacionamentos que constituíram no exercício dos cargos para obter vantagens na iniciativa privada ou exercendo uma atividade econômica". Ele afirmou que a comissão analisa de maneira criteriosa cada caso isoladamente e não faz votação em bloco, em resposta a uma fiscalização determinada pelo Tribunal de Contas da União por causa da quantidade de consultas sobre o conflito de interesses com a mudança de governo.

A comissão ainda vai analisar, por exemplo, o caso do ex-ministro da Justiça Eugênio Aragão. Houve um pedido de vista do conselheiro Horário Pires depois de o relator Marcelo Figueiredo apresentar seu voto. Aragão é procurador do Ministério Público Federal.

Também continuarão a receber salário e ficarão em quarentena o presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, que deixa o posto nesta quarta-feira com a posse de Pedro Parente, o ex-presidente dos Correios Giovanni Queiroz e o ex-presidente da Empresa de Planejamento e Logística (EPL) Josias Sampaio Cavalcante Junior.  (...)


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