Entre perplexo e indignado, vejo que o PT acaba de implantar o comunismo no Brasil, por decreto de Dilma, que recriou, um século depois, os “sovietes” – um sistema piramidal de conselhos, desde os de fábricas, na base, passando pelos de bairros, municípios e estados, até chegar ao Congresso de “sovietes” de operários, soldados e camponeses, órgão supremo e soberano, que elege um Comitê Executivo e efetivamente governa o país.
Aos que ainda não acordaram: o PT é um partido de ideologia marxista-leninista, que almeja unicamente perenizar-se no poder; foi fundador, em julho de 1990, em parceria com Fidel Castro, do Fôro de São Paulo, a “V Internacional”, que congrega os órfãos do comunismo, lançados ao lixo da História em novembro de 1989, com a queda do muro de Berlim, e que tenta criar aqui uma “União das Repúblicas Socialistas da América Latina” – a “URSAL”, que já congrega Cuba, Venezuela, Nicarágua, Equador, Bolívia, Uruguai e Argentina, além de conduzir o natimorto Mercosul.
Utiliza também táticas e técnicas revolucionárias de Trotsky e Stalin, mas principalmente de Antonio Gramsci; por meios destas últimas, sutis e incruentas, anestesiou a Nação, a ponto de subordinar agora os três poderes, nas três esferas, aos “conselhos populares” bolchevistas criados por Lenin, que cunhou a palavra-de-ordem “Todo poder aos Sovietes”, na segunda revolução de 1917, como sinal para a derrubada do governo democrático-burguês de Kerenski – com quem Dilma guarda grandes semelhanças.
Sobrevirá agora a imposição dos demais princípios comunistas: o internacionalismo proletário (que o proto-chanceler petista já costura há muito tempo); o culto à personalidade (que dispensa explicações); o partido único (falta pouco); o centralismo democrático (“assembleísmo” praticado à exaustão pelo PT e seus “movimentos sociais” desde 1980); a censura à imprensa (como vem sendo tentado insistentemente e já implantado na “URSAL”); o aparelhamento do Estado (“guerra de posições”, de Gramsci); greves, tumultos e arruaças que aterrorizem a população até que implore por uma “mudança” (“guerra de movimentos”, também de Gramsci); e a neutralização de virtuais oponentes – as Forças Armadas (desacreditadas, sucateadas, humilhadas) e, naturalmente, a Justiça ainda não aparelhada: basta registrar-se o pedido de aposentadoria do heróico Ministro Joaquim Barbosa, motivado por pressões e ameças... do PT!
Lula e seus acólitos já podem mudar as cores da Bandeira Nacional. O vermelho petista e do MST recobre o Brasil, graças aos que continuam a eleger esse partido, por indigência cultural, analfabetismo político, oportunismo irresponsável ou, o pior – crença em um indefinido “socialismo” , que jamais trouxe liberdade e prosperidade a qualquer país onde tenha conquistado o poder – sempre pela revolução, nunca pelo voto.
Por muito menos, Jango foi deposto. Hoje, cinquenta anos depois, talvez ainda tenhamos tempo de reverter o quadro idêntico ao de 1964, nas próximas eleições.
Acorda, Brasil!
Gil Cordeiro Dias Ferreira
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