Ao menos 11 estados registram protestos nesta terça-feira (16) contra mudanças nas regras trabalhistas e previdenciárias discutidas pelo governo do presidente em exercício Michel Temer.
As manifestações ocorrem nas capitais de Alagoas, Amapá, Goiás, Pará, Paraná, Rio Grande do Norte, Roraima, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins. Parte delas faz parte do Dia Nacional de Mobilização e Lutas convocado por centrais sindicais e é realizada em frente à sede das federações da indústria dos estados.
O governo do presidente em exercício trabalha para enviar ao Congresso até o fim do ano propostas para alterar o atual sistema previdenciário e a legislação trabalhista e para regulamentar o processo de terceirização no país.
Veja a situação em cada estado.
Alagoas
Durante a manhã, um grupo de manifestantes saiu em caminhada do Centro Educacional Antônio Gomes de Barros (CEAGB) até a Casa da Indústria pela Avenida Fernandes Lima, uma das principais vias da cidade. O protesto foi encerrado por volta do meio-dia.
O ato foi promovido por estudantes e diversas centrais sindicais. Além de crítica às mudanças nas regras trabalhistas, os manifestantes pediram a saída do presidente em exercício Michel Temer. Segundo os representantes do movimento, cerca de 1,5 mil pessoas participaram do ato. A Polícia Militar não deu estimativa.
Manifestantes ocupam a Avenida Fernandes Lima, em Maceió (Foto: Marcio Chagas/G1)
Amapá
Movimentos sociais, partidos políticos e sindicatos de trabalhadores se reuniram pela manhã no Centro de Macapá em um ato contrário a propostas do governo federal como privatização de ativos públicos, terceirização de serviços e reforma trabalhista. Um grupo de professores também cobrou mais segurança nas escolas do estado. O ato terminou por volta das 12h e, segundo a organização, reuniu cerca de 30 pessoas. A polícia não acompanhou.
Goiás
Cerca de 200 pessoas – segundo a organização – participaram de um ato em frente ao Palácio Pedro Ludovico Teixeira, sede administrativa do governo de Goiás, em Goiânia, pela manhã. O objetivo, segundo os organizadores, foi alertar a população para alterações que estão sendo propostas pelo governo do presidente em exercício Michel Temer. Após a concentração, o grupo seguiu em passeata pela Avenida Goiás até o cruzamento das Avenidas Tocantins e Anhanguera, e se dispersou por volta das 12h.
Pará
Os manifestantes se reuniram na Escadinha da Estação das Docas, em Belém, e por por volta das 10h20 sairam em caminhada pela avenida Presidente Vargas, para fazer paradas estratégicas em frente aos bancos que ficam localizados no percurso – o ato também serviu para lançar uma campanha dos bancários. De acordo com a organização, 100 pessoas participariam da caminhada. A Polícia Militar não divulgou estimativa de público.
Paraná
A manifestação ligada ao Dia Nacional de Luta em Defesa do Emprego e dos Direitos Trabalhistas teve início na Praça Santos Andrade, no Centro de Curitiba e reuniu por volta de 200 pessoas, segundo a PM. Às 11h40, os organizadores falavam em 1,5 mil manifestantes. Eles fizeram uma passeata até a sede da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), na avenida Cândido de Abreu.
Rio Grande do Norte
Segundo a Polícia Rodoviária Federal, cerca de 800 pessoas participaram da manifestação realizada na Zona Sul de Natal na manhã desta terça-feira. Os organizadores calculam que 3 mil pessoas participaram do ato. A PM fala em 800. O grupo caminhou até o Centro Administrativo do estado em protesto contra o projeto de ajuste fiscal do governo Temer e pediu a saída do presidente em exercício. O protesto foi pacífico e terminou por volta das 12h30.
Roraima
Centrais sindicais, movimentos sociais e estudantes realizaram um ato na praça do Centro Cívico de Boa Vista pela manhã. A organização não divulgou o número de manifestantes e a polícia não acompanhou o ato. Entre os alvos do manifestantes estão as reformas da previdência e a trabalhista, o projeto de lei que impõe limite de gastos para os estados e a proposta de emenda à Constituição que estabelece um teto para as despesas da União.
Porto Alegre
Manifestantes bloquearam parcialmente a Avenida Assis Brasil, na Zona Norte de Porto Alegre, na manhã desta terça-feira (16), para realização de uma vigília em frente à Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs). Segundo a organização, cerca de 1 mil participaram do ato. A Brigada Militar não divulgou estimativa. Conforme a Empresa Pública de Transportes e Circulação (EPTC), os bloqueios começaram por volta das 7h, sendo que uma das faixas era liberada esporadicamente.
Santa Catarina
Por volta das 14h cerca de 1,5 mil pessoas, segundo a CUT, participavam de uma caminhada em Florianópolis em direção à Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc). A PM calculava 100 pessoas. Às 14h30, os manifestantes caminhavam pela Rodovia Admar Gonzaga no sentido bairro. O protesto é contra a reforma da previdência, a privatização das estatais, a terceirização e a retirada de investimentos na saúde pública e na educação. Manifestantes também pediam a volta da presidente afastada Dilma Rousseff.
São Paulo
A manifestação fechou a Avenida Paulista, na região central de São Paulo, na manhã desta terça-feira (16). O ato teve início às 10h em frente à Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
Tocantins
A manifestação contra mudanças nos direitos trabalhistas foi realizada pela manhã na Avenida Juscelino Kubitschek, no centro de Palmas.Participaram do protesto centrais sindicais e servidores do Estado. Conforme a organização, cerca de 300 pessoas estiveram no local. A PM fala em 250 a 300 pessoas.
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