Reportagem da revista Veja deste fim de semana afirma que o ex-presidente da construtora OAS José Aldemário Pinheiro Filho, ao negociar delação premiada na operação “lava jato”, relatou ter indicado uma empresa para fazer consertos na casa do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, e enviado uma equipe de engenheiros da empreiteira para fazer vistorias na residência. Segundo a revista, Pinheiro disse que foi o próprio Toffoli quem pagou a obra.
A publicação reconhece que não há crime na prática e que o executivo deixou de informar quando ou onde teria conversado com o ministro sobre problemas de infiltração e na estrutura de alvenaria. De acordo com o texto, o relato pode ser sinal do que o investigado está disposto a falar caso a colaboração seja homologada.
O empreiteiro, conhecido como Leo Pinheiro, já foi condenado a 16 anos e 4 meses de prisão, mais multa de R$ 2 milhões.
Em nota, Toffoli escreveu que “conhece o Sr. José Aldemário Pinheiro Filho, mas não tem relação de intimidade com ele, não tendo pedido ou recebido nenhum tipo de ajuda da referida pessoa”. Também afirmou ter bancado todos os custos da reforma em sua casa. Operadores do Direito ouvidos pela revista Consultor Jurídico classificaram o assunto como especulação.
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